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Multidão enche a catedral em dia de Octave em português
Celebração foi presidida pelo arcebispo do Luxemburgo e contou com a presença do embaixador de Portugal e de Cabo Verde
A meteorologia deu uma grande ajuda, e os portugueses, na sua grande maioria, saíram à rua para participar na procissão e na missa em língua portuguesa que ontem à noite teve lugar na catedral do Luxemburgo. Uma celebração que ocorreu no âmbito da Oitava em honra da padroeira do Grão-Ducado, uma festa que está a decorrer até ao próximo dia 1 de Maio. Os embaixadores de Portugal e de Cabo Verde no Luxemburgo, acompanhados pelas respectivas mulheres, estiveram presentes na catedral.
A nave central da catedral do Luxemburgo estava completamente cheia. O dia era de festa para a comunidade de língua portuguesa que reside no Grão-Ducado. Desde que está à frente dos destinos da diocese, o arcebispo do Luxemburgo, D. Jean-Claude Hollerich, celebra todos os anos uma missa em português durante a “Oktave”, a festa mais importante da igreja católica do país.
O encontro começou às sete e meia da tarde, na igreja do Sacré-Coeur, na Gare, de onde saiu a procissão em direcção à catedral. Este ano, com uma novidade: a acompanhar o cortejo está a imagem de Nossa Senhora dos Aflitos, padroeira do Luxemburgo.
“É um sinal que queremos dar aos nossos irmãos luxemburgueses, de integração, respeito e de amor pelas suas tradições”, anunciou logo no início da procissão o padre Rui Pedro, da Missão Católica de Esch-sur-Alzette.
Acompanhado por dois batedores da polícia Grã-Ducal, o cortejo atravessou o viaduto que liga o bairro da Gare ao centro da cidade, para depois entrar no Plateau do Saint-Esprit, na Rua do Saint-Esprit, na place Clairefontaine e logo de seguida na Rua de Notre-Dame, onde se situa a catedral.
Ao longo do percurso os peregrinos recitaram o Terço e cantaram os cânticos típicos das celebrações de Fátima.
Já na catedral, o arcebispo do Luxemburgo, que acompanhou toda a procissão, deu as boas vindas aos peregrinos de língua portuguesa, e disse que estava “muito contente de celebrar” com os portugueses.
Uma ideia retomada durante a sua homilia. Em português, o arcebispo do Luxemburgo, voltou a expressar a sua alegria por celebrar com a comunidade de língua portuguesa.
“Permitam-me que partilhe a alegria de celebrar esta missa convosco aqui nesta catedral, que é também vossa. Quero ainda aproveitar esta ocasião para vos dizer que me sinto muito próximo de todos. Obrigado por estarem no Luxemburgo. Obrigado por darem a vossa força e o vosso labor a este pequeno país”, disse D. Jean-Claude Hollerich.
O arcebispo do Luxemburgo recordou a Mãe de Jesus como “a rainha da misericórdia” , e que a sua escolha para dar à luz o Salvador “revela que Deus tem um amor infinito pela natureza humana, isto é, por cada homem, por cada mulher, por cada um de nós”, afirmou o arcebispo do Luxemburgo.
“Então podemos dizer que Deus nos conhece. Conhece o nosso cansaço físico ao fim do dia, as preocupações que temos com os filhos, as nossas pequenas infidelidades. Deus conhece tudo. Deus não nos condena, mas ama-nos", referiu ainda D. Jean-Claude Hollerich.
O arcebispo do Luxemburgo terminaria a sua homilia apelando à misericórdia entre todos os homens, e, com sentido de humor, conseguiu provocar um sorriso aos fiéis que escutavam o sermão quando se referiu à relação dos imigrantes com o povo luxemburguês.
“Para receber a misericórdia, temos de ser misericordiosos, com o nosso marido, com a nossa mulher, com a família, e os mais próximos, com os colegas de trabalho, com os refugiados, e com os luxemburgueses. Sejamos apóstolos da misericórdia.”
A surpresa da noite estava reservada para a altura do ofertório. Um grupo de guineenses começou a entoar cânticos africanos ao mesmo tempo que dançava diante do altar. Um momento de explosão de alegria, que no final fez eclodir uma grande salva de palmas.
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