História da Arquidiocese do Luxemburgo

A diocese do Luxemburgo foi erigida pelo Soberano Pontífice Pio IX, a 27 de Setembro de 1870.
Tendo feito parte, até à revolução Francesa, da Arquidiocese de Trier (o sul do país) e da diocese de Liège (o norte do país), o Luxemburgo fez parte da Diocese de Metz até 1823. Devido à reviravolta política, o Congresso de Viena tinha associado o Luxemburgo, já com o título de Grão-Ducado, ao rei dos Países Baixos – o Papa Pio VII incorpora o Luxemburgo na Diocese de Namur.
Depois de ter conseguido a sua autonomia política, o país, fazendo apelo a um desejo já manifestado pelo rei Philippe II (1555-1598), manifesta mais uma vez a vontade de ver criado um episcopado autónomo. Este pedido acaba por começar a ser atendido, quando por decreto apostólico de 2 de Junho de 1840, o Grão-Ducado do Luxemburgo se transforma em vicariato apostólico.
Trinta anos mais tarde, o vicariato apostólico foi erigido em diocese autónoma, dependente directamente da Santa Sé. Pela lei de 30 de Abril de 1873, as autoridades civis reconhecem a criação do Episcopado do Luxemburgo, sem no entanto lhe conferir personalidade jurídica, que só acabaria por lhe ser atribuída por uma lei de 30 de Abril de 1981.
A 23 de Abril de 1988, o Santo Padre elevou a diocese do Luxemburgo a Arquidiocese, dependente directamente da Santa Sé.

O território

O território da Arquidiocese do Luxemburgo corresponde ao do Grão-Ducado do Luxemburgo, situado entre a Alemanha, a França e a Bélgica. A superfície total é de 2.586 km². As maiores distâncias são 82 km (Norte-Sul) e 57 km (Este-Oeste). No país há duas regiões naturais: o Norte (Oesling), com altitudes que se situam entre os 400 e os 550 m, e que constitui 32% do território, e o Sul (Bon Pays), com altitudes entre os 130 e os 300 m, e que constitui 68% do território. As duas regiões são muito diferentes em termos populacionais.
O número de pessoas que fazem parte da diocese, a sua coincidência com a unidade política e administrativa do país, e uma comunidade natural são aspectos muito importantes na vida da diocese.
A repartição desigual da população entre o Norte e o Sul acaba por ser um problema para a organização pastoral.