Paixão

Os Evangelhos, reflectindo tradições orais de diversas comunidades cristãs dos tempos apostólicos, dão-nos quatro versões da Paixão de J. C., da agonia à sepultura, caracterizadas pela mesma estrutura basilar e contributos próprios de cada uma. Sem prejuízo para o seu valor histórico, elas, mais que um relato objectivo dos factos, dão-nos a sua interpretação à luz da fé cristã. A Igreja sempre viu na Paixão de J. C. o momento culminante da sua obra redentora, pelo que nos lê, de forma solene, os quatro relatos nas celebrações da Semana Santa: no Domingo de Ra­mos, a Paixão segundo os sinópticos Ma­teus, Marcos e Lucas (respectiva­men­te nos Anos A, B e C); e, na celebração da Paixão em Sexta-Feira Santa, a versão de João. As narrativas da Pai­xão de J. C. orientam-nos para a sua Res­surreição gloriosa, sinal da aceita­ção por Deus do sacrifício redentor do Calvário.